ADA publica novas recomendações para diagnóstico e tratamento da Diabetes

A Associação Americana de Diabetes (ADA) publica anualmente na revista Diabetes Care suas recomendações para diagnóstico e tratamento da Diabetes. A revisão desse ano, publicada em 29 de dezembro de 2009 no suplemento da edição de janeiro de 2010 da revista, promove que a hemoglobina glicosilada (HbA1c) é um exame diagnóstico rápido e fácil que poderia ajudar a diminuir o número de pacientes não diagnosticados e identificar melhor aqueles com pré-diabetes.

        
“Nós acreditamos que o uso da HbA1c, por não precisar de jejum, vai encorajar mais pessoas a serem testadas para diabetes tipo 2 (DMT2) e ajudar a diminuir o número de pessoas que não têm diagnóstico mas vivem com essa doença crônica e potencialmente ameaçadora. Além disso, a detecção precoce da doença pode fazer uma enorme diferença na qualidade de vida de uma pessoa. Ao contrário de várias outras doenças crônicas, a DMT2 pode realmente ser prevenia, desde que mudanças no estilo de vida sejam feitas enquanto os níveis de glicose sanguínea ainda estejam na faixa da pré-diabetes.”
Richard M. Bergenstal, médico e presidente de medicina e ciência da ADA

O teste da HbA1c era usado somente para avaliar o controle da diabetes ao longo do tempo. Níveis de HbA1c de aproximadamente 5% indicam ausência de diabetes e, de acordo com as recomendações do guideline da ADA de 2010, HbA1c entre 5,7% e 6,4% indica pré-diabetes e maior ou igual a 6,5% indica a presença de diabetes.


Mudanças nas recomendações para 2010


  • Uma seção sobre diabetes relacionada à fibrose cística foi adicionada a “Standards of Medical Care in Diabetes”.
  • Revisão da seção “Diagnosis of Diabetes” agora inclui o uso dos níveis de HbA1c para diagnóstico da diabetes, com um ponto de corte de 6,5%.
  • A seção previamente denominada “Diagnosis of Pre-diabetes” agora é chamada “Categories of Increased Risk for Diabetes”. Categorias que sugerem um risco aumentado para diabetes agora incluem também níveis de HbA1c entre 5,7 e 6,4%.
  • Revisões da seção “Detection and Diagnosis of GDM” agora incluem uma discussão de possíveis alterações futuras no diagnóstico.
  • Extensas revisões da seção “Diabetes Self-Management Education” estão baseadas em novas evidências.
  • Extensas revisões da seção “Antiplatelet Agents” agora refletem evidências de trials  recentes sugerindo que, em pacientes com risco baixo ou moderado, o uso da aspirina é benefício questionável para a prevenção primária de doença cardiovascular.
  • Fotografias de fundo de olho agora podem ser usadas para rastreamento de retinopatia, como descrito na seção “Retinopathy Screening and Treatment”.
  • A seção “Diabetes Care in the Hospital” agora questiona os benefícios do controle glicêmico muito rigoroso em pacientes críticos.
  • Revisões da seção “Strategies for Improving Diabetes Care” são agora baseadas em evidências mais novas. 
Para ter acesso gratuito ao texto completo do ADA Clinical Practice Recommendations de 2010, clique aqui.

Fonte: Barclay L. American Diabetes Association Revises Diabetes Guidelines [online]. Disponível em http://cme.medscape.com/viewarticle/714487?src=cmemp&uac=99098DR. Acessado em 13 de janeiro de 2010.

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