TED Medicina #3: A meia-vida dos fatos

Quando você estudou na escola há poucos anos, Plutão era planeta, ideia tinha acento e Sérvia e Montenegro ainda eram Iugoslávia ... é isso que o matemático Samuel Arbesman chama de meia-vida dos fatos! Nesse TED, Arbesman argumenta que essa queda do conhecimento é como o decaimento radioativo: você não sabe bem quem vai sucumbir, mas é possível calcular quanto tempo leva para que o conteúdo de uma disciplina se torne obsoleto em 50%. 

Talvez a área cujo conhecimento mude mais constantemente é a medicina! Mas nem mesmo a meia-vida do conhecimento médico foi constante: no final do século XIX, quando a medicina passou a ser cada vez mais ciência, a meia-vida era bem menor do que hoje já que novas pesquisas eram feitas todos os dias! Se a gente pensar nos "absurdos" de décadas atrás, você vai ver como a mudança é grande: cigarro já foi prescrito por médicos, Cocaína já foi remédio e lavar as mãos após fazer necropsia era absurdo!

Um estudo revisou artigos sobre hepatologia publicados nos últimos 50 anos e viu que o tempo de meia-vida do conhecimento nessa área foi de 45 anos, ou seja, praticamente metade dos artigos que eles revisaram já não tinham conhecimento verdadeiro! Por isso é importante nos mantermos atualizados e de mente aberta às novidades: quando Semmelweis propôs que a causa da febre puerperal era o fato de os médicos não lavarem as mãos, acharam aquilo absurdo e, apesar de certo, ele foi desacreditado pelos colegas e morreu como louco. Há décadas o estudo dele foi reconhecido e considerado revolucionário para o progresso da medicina! 

Para conhecer o livro "The half-life of facts", clique aqui.

Para ler a reportagem que Samuel Arbesman cedeu ao The Economist, clique aqui.