Raven, o mais novo robô cirurgião

Pode parecer revolucionário para nós, mas a cirurgia robótica existe desde a década de 80. Todavia, foi somente com o Da Vinci, lançado no final dos anos 90, que os robôs ficaram mais populares na medicina: o Da Vinci conta com um console com tela 3D e joystics de onde o cirurgião controla os 4 braços robóticos que são acoplados ao paciente. Como o Da Vinci tem imagem 3D e pinças que rodam 360º, há menor lesão tecidual e sangramento. Entretanto, apesar de revolucionário, o Da Vinci está longe de ser perfeito! É enorme, pesa cerca de meia tonelada e custa 1,8 milhão de dólares. Além disso, a curva de aprendizado é lenta e seu uso se popularizou em poucos procedimentos, principalmente histerectomias e prostatectomias.  

Imagem 01 - Aspecto do Da Vinci com seus braços robóticos e estação de imagem do cirurgião.

Talvez essas falhas do Da Vinci sejam a glória de um novo robô, o Raven! Desenvolvido pela Universidade de Washington com o objetivo de ser usado no campo de batalha e em expedições (espaciais ou submarinas), Raven é compacto, leve e relativamente barato (custará 250 mil dólares). Além disso, seu software é open-source, permitindo que seu código seja editado e outras funções sejam desenvolvidas e testadas por cirurgiões pesquisadores. 

Imagem 02 - Ascpeto do Raven, com sua estrutura bastante compacta.

Em teste desde 2007, Raven já operou em desertos e submarinos. Agora, a partir de fevereiro, chegará às universidades americanas para ser testado em cirurgias de animais: em Harvard os cirurgiões vão tentar operar um coração batendo graças à capacidade do Raven de compensar o movimento. Mas pode ser na Universidade da Califórnia o experimento mais astuto: ensinar o robô a operar de forma autônoma através da mímica dos movimentos dos cirurgiões.

Depois basta esperar: após realizadas as pesquisas em animais, o Raven deve ser aprovado pelo FDA e liberado para comercialização. Quem sabe teremos uma nova era na cirurgia robótica!