Pode ser mera coincidência, mas foi no Dia das Mães que o primeiro Anticoncepcional Oral Hormonal (ACO) foi aprovado pela FDA para uso nos EUA! Hoje, a pílula, como ficou conhecida na época, completa 50 anos.
A "mãe" do ACO foi Margareth Sanger, enfermeira americana que no início do século passado foi uma grande ativista do controle de natalidade. Foi com a ajuda dela que o fisiologista Gregory Pincus iniciou suas pesquisas sobre contracepção hormonal e posteriormente, com a ajuda do Dr. John Rock, um ginecologista de Harvard, fez os primeiros testes clínicos de anticoncepção. O primeiro trial com pacientes foi feito em Porto Rico em 1956 e o segundo em Los Angeles, nos EUA em 1957: o medicamento chamava-se Enovid 10 mg (9.85 mg noretinodrel e 150 µg mestranol).
Mas como vocês podem imaginar, com essa apresentação, tão logo o Enovid passou a causar episódios de tromboembolismo venoso (TVP) e pulmonar (TEP). Foi necessária uma década de estudos epidemiológicos para provar que o uso de ACO estava associado a um maior risco de eventos tromboembólicos.
Hoje a pílula é uma cinquentona enxuta: manteve-se na ativa esse tempo todo e com doses de estrogênio pelo menos um terço inferior à usada no começo e com progestágenos com doses infinitamente menores e em diversas formulações.
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