
Livros de medicina no Kindle

Medicinia, perguntas e respostas médicas

Como funciona? Qualquer pessoa pode cadastrar dúvidas e perguntas no site e elas serão públicas. As respostas podem ser enviadas por médicos ou estudantes de medicina. Mas se a dúvida é enviada por médico ou estudante, sua pergunta (e consequentemente resposta) fica visível apenas para médicos e estudantes.
iPhone e Medicina #34: Journal Club

O app Journal Club traz uma seleção dos principais artigos de cada especialidade, divididos por especialidade ou por doença. Ao clicar no artigo, há um resumo abordando seus principais pontos: resumo, objetivos principais, desenho, população, intervenção, desfecho, críticas, financiamento e o link para PubMed. O aplicativo tem um ótimo layout e interface prática e simples. É essencial para quem está em treinamento, com muito o que estudar e pouco tempo à disposição!
Paródias médicas no YouTube
Com o sucesso absurdo de músicas de como Gangnam Style, explodiram paródias divertidas no YouTube e não poderia ter faltado versões de estudantes de medicina! Além de Gangnam Style, encontramos várias versões engraçadas de outras músicas ...
Resumed, aulas de medicina no YouTube
Inspirado pelo Khan Academy e com o objetivo de ajudar outros alunos de medicina, um aluno de medicina da EPM-Unifesp fez diversos vídeos curtos sobre temas básicos do curso de medicina (afinal, ele ainda está no 2º ano) e publicou um canal do YouTube chamado Resumed.
Os vídeos são sucintos e didáticos, com duração entre 10 e 20min e são feitos à semelhança do Khan Academy, com um quadro verde e textos escritos em várias cores. O canal já tem mais de 20 vídeos, em temas como Fisiologia, Patologia, Microbiologia, etc.
Prescrição Literária #18: Memórias Agudas e Crônicas de uma UTI
Pioneiro da Terapia Intensiva, Dr Elias Knobel conta no livro Memórias Agudas e Crônicas de uma UTI várias histórias peculiares de pacientes que acompanhou ao longo desses últimos 30 anos. Somente quem teve tantos casos, tem tantas histórias para contar: algumas tristes e outras hilárias, Dr Elias conta, por exemplo, a história de um casal que não suportava a abstinência sexual imposta pela presença do marido na UTI; e a história do médico que tinha um mal pressentimento e achava que ia morrer e teve uma PCR na frente do Dr Knobel quando exatamente contava sobre esse "pressentimento".
Dr Elias Knobel é cardiologista e intensivista, ex-professor da Escola Paulista de Medicina e fundador da Terapia Intensiva no Brasil. É autor de várias livros e artigos e de um tratado de Terapia Intensiva famoso internacionalmente.
História da Residência Médica
No final do século XIX a medicina progredia a passos acelerados: com a descoberta da anestesia, a cada dia um novo procedimento cirúrgico era desenvolvido na Europa. O jovem cirurgião William Halsted foi nessa época à Europa para aprender com os grandes mestres e voltou aos EUA com a mente cheia de ideias e ânsia para trabalhar. Cirurgião workaholic e renomado, Halsted foi um dos "Big Four" da fundação do Hospital Johns Hopkins e como primeiro chefe do Departamento de Cirurgia do Hospital, decidiu criar o primeiro programa oficial de Residência Médica.
"He who studies medicine without books sails an uncharted sea, but he who studies medicine without patients does not go to sea at all." - William Osler
Em 1889, Halsted criou um programa para treinamento de jovens cirurgiões à sua semelhança: um super-humano numa formação com ênfase em heroismo, abdicação e diligência. Seu modelo de treinamento se baseava num estilo de vida restrito com dedicação integral dos trainees aos seus pacientes. Eram chamados residentes porque de fato moravam no hospital e, consequentemente, estavam disponíveis 24h todos os dias para atender as intercorrências dos seus pacientes. O modelo de Halsted defendia que a cirurgia deveria ser aprendida através do treinamento prático em um programa hierárquico. Assim sendo, a residência médica tinha 03 etapas: um ano como interno, 06 anos como residente assistente e 02 anos como "house surgeon", uma espécie de preceptor. Um dos residentes mais famosos de Halsted nessa época foi Harvey Cushing, "pai" da neurocirurgia.
Logo em seguida à Halsted, William Osler abriu uma programa de Residência em Medicina Interna no Johns Hopkins. A base do seu treinamento era o ensino à beira do leito e uma estrutura hierarquizada com muitos internos, alguns residentes e um residente-chefe. Assim como no programa de Cirurgia de Halsted, os alunos de Osler ficavam cerca de 6 ou 8 anos na residência e levavam uma vida praticamente monástica.
Em 1927 a AMA (American Medical Association) reconhece a Residência Médica e começa a aprovar os primeiros programas. Desde então, a RM se tornou o padrão-ouro para treinamento médico em especialidades e se disseminou em vários países. No Brasil, o primeiro programa de Residência Médica foi criado em 1945 no serviço de Ortopedia no recém-inaugurado Hospital das Clínicas da FMUSP. Logo em seguida, em 1948, o Hospital dos Servidores do Rio (IPASE-RJ) abriu diversos programas em Clínica Médica, Pediatria e Cirurgia Geral. Nessa época a residência tinha pouca procura e não havia padronização no processo de seleção ou treinamento. Quem procurava esse tipo de treinamento eram geralmente alunos idealistas e que tinham como se sustentar.
Há algumas décadas, se um médico queria ser cirurgião, ele acompanhava um cirurgião como estagiário e a partir de certo momento se auto-intitulava cirurgião, por exemplo. Com a disseminação dos programas de residência médica na década de 70, a exigência de um treinamento formal com residência médica e de uma especialidade cresceu tanto por parte dos hospitais como dos próprios pacientes. Foi nessa época que de fato houve um grande crescimento tanto no número como nas opções de programas de residência. Isso impulsionou a regulamentação da RM em 1977 e a criação da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM).
A residência médica como vemos hoje com bolsa, processos seletivos organizados e fiscalizados, férias remuneradas, etc foi uma conquista de várias gerações de residentes das últimas décadas. Por isso é importante conhecer a história dessa etapa da nossa formação médica.
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Halsted operando com seus residentes Cushing e Young (1903-1904) |
Logo em seguida à Halsted, William Osler abriu uma programa de Residência em Medicina Interna no Johns Hopkins. A base do seu treinamento era o ensino à beira do leito e uma estrutura hierarquizada com muitos internos, alguns residentes e um residente-chefe. Assim como no programa de Cirurgia de Halsted, os alunos de Osler ficavam cerca de 6 ou 8 anos na residência e levavam uma vida praticamente monástica.
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William Osler passando visita à beiro do leito com seus residentes |
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Hospital das Clínicas da FMUSP na época da sua inauguração na década de 40 |
Há algumas décadas, se um médico queria ser cirurgião, ele acompanhava um cirurgião como estagiário e a partir de certo momento se auto-intitulava cirurgião, por exemplo. Com a disseminação dos programas de residência médica na década de 70, a exigência de um treinamento formal com residência médica e de uma especialidade cresceu tanto por parte dos hospitais como dos próprios pacientes. Foi nessa época que de fato houve um grande crescimento tanto no número como nas opções de programas de residência. Isso impulsionou a regulamentação da RM em 1977 e a criação da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM).
A residência médica como vemos hoje com bolsa, processos seletivos organizados e fiscalizados, férias remuneradas, etc foi uma conquista de várias gerações de residentes das últimas décadas. Por isso é importante conhecer a história dessa etapa da nossa formação médica.
Intercâmbio em Medicina pela IFMSA

O que é a IFMSA?
A IFMSA (International Federation of Medical Students' Associations) é uma ONG de estudantes de medicina criada em 1951. Diversos países participam da IFMSA e o comitê do Brasil foi fundado em 1991 na UEL com o nome de IFLMS (International Federation of Londrina Medical Students), mas logo se espalhou por todo o país, com comitês em dezenas de universidades. As principais atividades da IFMSA são intercâmbio e projetos de saúde pública, educação médica, saúde reprodutiva, etc.
Como funciona o intercâmbio?
O intercâmbio pode ser nacional ou internacional e em pesquisa ou prática clínico-cirúrgica. Dura 04 semanas e as atividades são em um ou dois turnos de segunda à sexta. O quanto você vai aprender ou praticar em si, depende muito do país e da especialidade onde vai fazer estágio, mas a grande oportunidade do intercâmbio é poder conhecer como é a educação médica e a saúde de outro país. Além disso, você pode conhecer muitas pessoas e fazer novos amigos: tanto o pessoal da organização do estágio que vai te receber, como os outros gringos que vão viajar pro mesmo lugar que você.
Como posso participar?
Anualmente a IFMSA abre um processo seletivo para intercâmbio e qualquer aluno de medicina das faculdade cadastras da IFMSA Brazil pode se inscrever. Após pagar a taxa de inscrição I (125,00 R$) você vai submeter suas fichas de inscrição com os países que gostaria de ir, a especialidade que prefere e a documentação que comprova sua pontuação.
Como funciona a pontuação? Quem tiver mais pontos, tem mais chances de ganhar na concorrência dos países, por exemplo, a Alemanha tem 10 vagas e 50 alunos colocaram a Alemanha como primeira opção. Os 10 primeiros com mais pontos conseguirão ir para a Alemanha e os demais vão concorrer nas suas outras opções de países. Como fazer pontos? Várias coisas contam pontos, como o ano que você está na faculdade, atividades extra-curriculares (como pesquisa, extensão, ligas, etc), participação em campanhas do comitê da IFMSA da sua faculdade e hospedagem de gringos (é o que vale mais pontos e é uma ótima oportunidade cultural!).
Nossa experiência
Durante a faculdade nós pudemos participar da IFMSA tanto como membros do Comitê Local da UFRN como intercambistas. A experiência no CL foi ótima, conhecemos muita gente, tanto os membros dos comitês de outras faculdades, como os gringos que chegavam a Natal todo ano. O intercâmbio, então, foi uma experiência única ... eu fiz em Anestesiologia em Viena/Aústria em janeiro/2009 e Heleno fez dois: Cirurgia Torácica em Ivano-Frankivsk/Ucrânia em julho/2007 e Cirurgia Geral em Nijmegen/Holanda em janeiro/2009.
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Estágio na Holanda, país das bicicletas |
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AKH, algo como "Hospital das Clínicas" da Universidade de Viena |
Para saber mais sobre a IFMSA-Brazil, clique aqui.
Para ler o regulamento geral dos intercâmbios de 2013, clique aqui.
O melhor artigo dos 200 anos do NEJM
Como parte da comemoração dos seus 200 anos, o NEJM fez uma votação para escolher o melhor artigo de cada época e no final o melhor artigo dos 200 anos. A votação acabou essa semana e o mais votado foi "Insensibility During Surgical Operations Produced by Inhalation" de Henry Bigelow. O artigo, publicado em 1846, relata a primeira cirurgia realizada sob anestesia! A cirurgia foi feita por Dr John Collins Warren e a anestesia realizada pelo dentista William T. G. Morton.
"The operation lasted four or five minutes, during which time the patient betrayed occasional marks of uneasiness ; but upon subsequently regaining her consciousness, professed not only to have felt no pain, but to have been insensible to surrounding objects,to have known nothing of the operation, being only uneasy about a child left at home. No doubt, I think, existed, in the minds of those who saw this operation, that the unconsciousness was real; nor could the imagination be accused of any share in the production of these remarkable phenomena."
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First Operation Under Ether - Robert C. Hinckley,1846 |
Para ler o artigo original na íntegra, clique aqui.
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